sexta-feira, 25 de junho de 2010

A cor do meu verso, é a cor do inverso

A cor do meu verso, é a desmesurada urgência que se tem no amor,
É o ranger do assoalho em contato com a sola do meu sapato,
É o equilíbrio entre a cruz e a espada.

A cor do meu verso, é cor da guerra e da paz, da trégua entre o Norte e o Sul, é cor de estilhaço na vidraça,
É a cor de maçã madura, que fica no céu ao anoitecer.

A cor do meu verso, é a cor do meu canto, do meu mudo instantâneo, da rede pernambucana.
É a cor do olho vermelho, da borboleta amarela a baloiçar no polém da flor.

A cor do meu verso, é a cor do inverso.